As especulações em torno de novas tarifas sobre o Bitcoin, propostas por Donald Trump, podem favorecer economicamente a Rússia, segundo especialistas do setor.
A possível medida, que afetaria diretamente as operações de mineração nos Estados Unidos, levanta preocupações sobre mudanças no equilíbrio global da indústria cripto.
Rússia já detém 16% da taxa global de hash
De acordo com dados de dezembro de 2024, a Rússia concentra cerca de 16% da taxa global de hash, uma métrica que mede o poder computacional total usado para minerar e proteger a rede Bitcoin.
Esse percentual expressivo reflete o avanço do país como protagonista na mineração global e pode se consolidar ainda mais diante de sanções ou restrições econômicas impostas por Washington.
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A posição russa na indústria é reforçada por figuras como Sergey Bezdelov, presidente da Industrial Mining Association, que afirmou que mineradores do país extraíram 54 mil BTC em 2023.
Segundo analistas, essa infraestrutura sólida coloca a Rússia em vantagem estratégica caso mineradores americanos sofram impactos negativos com as tarifas .
Tarifas podem redistribuir operações de mineração
As implicações imediatas de tarifas sobre o Bitcoin por parte dos EUA podem provocar uma realocação significativa das operações de mineração em escala global.
Com uma infraestrutura já consolidada e custos competitivos, a Rússia está bem posicionada para absorver parte dessa demanda. Como resultado, pode-se elevar sua participação no mercado e fortalecer sua influência geopolítica no setor de criptoativos.
Especialistas financeiros destacam que o país poderia ganhar participação de mercado, ampliando sua presença na economia digital global.
Além disso, a capacidade regulatória e o ambiente legislativo favorável à mineração de criptomoedas colocam a Rússia em vantagem sobre outras nações com estruturas ainda em desenvolvimento ou sob maior escrutínio regulatório.
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