Entidade comercial ligada ao Trump compra US$ 3 milhões em EOS

A World Liberty Financial (WLFI) surpreendeu o mercado ao adquirir US$ 3 milhões em tokens EOS na noite passada. A movimentação provocou reações imediatas entre analistas e investidores, alimentando suspeitas de manipulação. Desde a operação, o EOS subiu mais de 9%.

Alguns membros da comunidade compararam a nova compra com uma suposta liquidação de Ethereum (ETH) feita pela WLFI meses atrás, também em um fundo de preço. Apesar da estranheza das transações, ainda não há provas de irregularidades ou uso de informações privilegiadas.

WLFI enfrenta desconfiança após prejuízos milionários

A empresa, frequentemente associada à família Trump, tornou-se um foco de polêmica no setor cripto. No início de 2025, a WLFI acumulava mais de US$ 100 milhões em perdas não realizadas, conforme relatado em março.

A plataforma Lookonchain identificou a compra de 3,64 milhões de EOS como parte dessa nova estratégia. A aquisição provocou desconfiança imediata. Muitos membros da comunidade sugeriram que a empresa estaria tentando manipular o mercado, embora não existam provas até o momento.

WLFI compra 3,64 milhões de tokens EOS. Fonte: Lookonchain

EOS tenta se reerguer com rebranding

A EOS, conhecida por ser uma rede Web3 com foco em aplicações bancárias, passou por um rebranding em março. Apesar disso, o desempenho do token continua abaixo dos picos históricos. Entre 2020 e 2021, o ativo oscilou entre US$ 2 e US$ 4, mas passou a maior parte dos últimos 12 meses abaixo de US$ 0,50.

Diante desse histórico, analistas estranharam a magnitude do investimento. Parte da desconfiança também decorre do caso envolvendo ETH: no início do ano, a WLFI comprou o token a US$ 3.259 e, meses depois, vendeu grande parte a US$ 1.465, com uma perda superior a US$ 125 milhões. A empresa nega ter feito a venda.

Suposta venda da WLFI no fundo do preço. Fonte: CoinGecko

Com o preço da EOS em alta desde a operação da WLFI, investidores seguem atentos a possíveis novos desdobramentos. Até o momento, não há indícios formais de conduta ilegal, mas o histórico da empresa mantém o mercado em alerta.