EUA desenvolvem CBDC mesmo com veto de Donald Trump

Apesar do discurso contrário do presidente Donald Trump, os Estados Unidos estão desenvolvendo sua moeda digital de banco central (CBDC). Desse modo, a movimentação recente coloca o país ao lado de outras nações do G20, que já testam ou implementam soluções semelhantes.

De acordo com informações do Banco Central do Brasil, na prática, os EUA agora participam de um projeto internacional focado no uso de CBDCs, o Project Àgora. Ele é estruturado como uma colaboração público-privada.

Potenciais benefícios para o sistema monetário global

Além disso, o projeto reúne sete bancos centrais: Banco da França (que representa o Eurosistema), Banco do Japão, Banco da Coreia, Banco do México, Banco Nacional Suíço, Banco da Inglaterra e o Federal Reserve Bank de Nova York, convocados pelo Banco de Compensações Internacionais (BIS).

Dessa forma, eles trabalharão em parceria com um grupo de instituições financeiras privadas, incluindo o Banco Santander. Assim, o BIS e o IIF selecionaram um conjunto diversificado de empresas entre os candidatos que atendiam aos requisitos de elegibilidade e outros critérios estabelecidos na chamada pública para participação.

O projeto baseia-se no conceito de livro-razão unificado proposto pelo BIS e investigará como depósitos bancários comerciais tokenizados podem ser integrados à moeda tokenizada do banco central em uma plataforma financeira programável público-privada.

‘Isso poderia aprimorar o funcionamento do sistema monetário e fornecer novas soluções utilizando contratos inteligentes e programabilidade, mantendo sua estrutura de dois níveis’, disse o BIS.

CBDC, Donald Trump e G20

De acordo com o BC, todos os países do G20, sem exceção, atuam em algum estágio de experimentação com moedas digitais emitidas por bancos centrais. O grupo representa mais de 90% do PIB mundial e impulsiona uma transformação que parece irreversível.

O Brasil se destaca nesse cenário. Segundo autoridades do Banco Central , o país está entre os mais avançados, principalmente no debate sobre casos de uso, privacidade e interoperabilidade. O Drex, versão brasileira da CBDC, segue em testes com grandes instituições e mostra avanços concretos em sua Fase 2.

Além disso, o BC fez questão de salientar que o Drex não vai eliminar o dinheiro em espécie. Os bancos criarão o Drex a partir de depósitos e o integrarão ao sistema financeiro atual como uma ferramenta adicional e interoperável.

O Banco Central desenhou essa estrutura para preservar a liberdade do cidadão e manter a circulação do papel-moeda. ‘O foco está em ampliar a eficiência dos serviços financeiros e democratizar o acesso ao crédito e às inovações digitais.’, disse Henrique Videira, executivo do BC.

Leia mais:

• Congresso dos EUA propõe novo projeto de lei para regulamentação de criptomoedas
• JD Vance na Conferência Bitcoin 2025: confira os principais destaques
• Moeda Pepe sofre grande risco de queda com baleia vendendo 502,5 bilhões de PEPE