O que é o ERC-7786 que promete uma nova era para o Ethereum
Após atualizações importantes como o The Merge, o Ethereum pode estar prestes a viver uma nova reviravolta. O novo padrão ERC-7786 surge como a chave para uma transformação no ecossistema, prometendo resolver um dos maiores problemas da rede: a falta de comunicação eficiente entre as diversas blockchains e soluções de segunda camada (L2).
Atualmente, a experiência de quem usa Ethereum está muito fragmentada. Afinal, são centenas de redes, como Arbitrum, Starknet e zkSync, que não conversam diretamente. Quando um usuário precisa mover ativos entre essas redes, depende de pontes (bridges) que, além de caras, oferecem riscos e complicações.
Desse modo, o ERC-7786 cria um “idioma comum” para blockchains. Assim como o ERC-20 padronizou os tokens e o ERC-721 organizou os NFTs, esse novo padrão busca fazer o mesmo para mensagens e interações entre diferentes blockchains.
Na prática, ele funciona como um “USB do Web3”, permitindo que qualquer aplicativo descentralizado (DApp) envie e receba informações de diversas blockchains, sem precisar criar conexões específicas para cada uma. Basta estar compatível com o ERC-7786.
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ERC-7786 – Ethereum

O funcionamento é simples, mas poderoso. O padrão define dois comandos principais:
- sendMessage(), que envia uma mensagem de uma blockchain de origem.
- executeMessage(), que recebe e executa essa mensagem na blockchain de destino.
A mensagem transporta quatro dados principais:
- Quem envia,
- Quem recebe,
- O conteúdo,
- E parâmetros adicionais, como prioridade ou limites de gás.
Para desenvolvedores, o ERC-7786 representa liberdade. Isso porque eles poderão criar aplicativos que funcionam em qualquer blockchain compatível, sem refazer códigos ou adaptar APIs diferentes. Isso reduz custos, tempo e complexidade.
Para os usuários, a promessa é de uma experiência mais simples, muito similar ao que acontece hoje no Brasil com o Open Finance. Trocar ativos entre redes ficará tão simples quanto fazer uma transferência comum. Nada de ficar alternando entre interfaces, copiando endereços ou pagando taxas altas em pontes inseguras.
Além disso, o padrão já prevê inovações futuras. Uma delas é o “patrocínio de gás”, onde terceiros poderão pagar as taxas necessárias para que as transações aconteçam, facilitando ainda mais a vida de quem usa.
Desenvolvido pela OpenZeppelin, com apoio da Ethereum Foundation e de projetos como Axelar e Interop Labs, o padrão já conta com ferramentas como o OpenBridge, que permite a integração rápida entre vários protocolos de ponte.
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