A maior plataforma social do mundo, Telegram, recebe grande atualização: sua placa de vídeo agora pode minerar TON

Ontem, o fundador do Telegram, Pavel Durov, anunciou no Twitter que a rede descentralizada de computação privada Cocoon foi oficialmente lançada.

A rede Cocoon é composta por 3 partes:

Cliente: faz solicitações de trabalho aos proxies e paga uma taxa ao proxy após a conclusão da solicitação.

Proxy: encaminha as solicitações de trabalho para os nós de trabalho. O proxy é protegido por TEE e seleciona o nó apropriado com base no modelo do dispositivo, carga e reputação do nó de trabalho. O proxy paga aos nós as taxas recebidas dos clientes, e os próprios proxies também recebem uma comissão. O Telegram planeja, no futuro, permitir que qualquer pessoa execute seu próprio proxy, tornando a rede Cocoon totalmente descentralizada.

Nó de trabalho: executa solicitações de inferência de IA em uma máquina virtual protegida por TEE e, após a execução, recebe do proxy o pagamento referente à solicitação do cliente.

Ou seja, qualquer pessoa pode usar sua GPU para se tornar um nó de trabalho e ganhar $TON. Cocoon permite que proprietários de GPU contribuam com poder de computação de IA para uma rede descentralizada baseada em TON, bastando rodar a pilha de protocolos Cocoon em um servidor GPU compatível com TEE para fornecer execução de modelos de IA privada e verificável, recebendo pagamentos em $TON de forma transparente por cada solicitação processada.

Pavel Durov afirmou que algumas funcionalidades de IA do Telegram, como tradução de mensagens, já são parcialmente suportadas pelo Cocoon. Ele também mencionou recursos como transcrição de voz para texto e resumos dentro do Telegram, indicando que o Cocoon já possui aplicações práticas desde o início e acredita que mini apps do Telegram trarão ainda mais demanda para a rede Cocoon no futuro.

Comparado aos NFTs de presentes do Telegram, que foram alvo de especulação no mercado cripto, Cocoon se assemelha mais a uma rede de computação de IA descentralizada construída a partir das necessidades de funcionalidades internas do Telegram, integrando blockchain e $TON como meio de pagamento. É improvável que haja emissão de token, limitando o potencial especulativo. No entanto, o projeto pode refletir uma tendência de longo prazo, onde há uma preocupação crescente com a exposição direta de dados a grandes empresas centralizadas de IA durante o uso dessas tecnologias. No mercado cripto, já vemos cada vez mais projetos de privacidade promovendo o slogan de "proteger a soberania dos dados". (Leitura relacionada: 12 novos projetos: uma visão geral dos projetos de privacidade destacados oficialmente pela Solana)

Atualmente, o TVL total da rede Cocoon é de cerca de 4.487 TON, com 30 nós de trabalho, 18 proxies e 12 clientes — dados de pouco mais de um dia após o lançamento oficial, ainda em estágio muito inicial.

Com a demanda prática das funcionalidades internas do Telegram e incentivos em TON, mas também com a expectativa reduzida de emissão de token devido a esses incentivos, ainda é preciso tempo para verificar se a rede Cocoon conseguirá trilhar um caminho diferente dos projetos de computação cripto tradicionais.