1,6 milhões de pessoas liquidadas e uma liquidação épica de 20 bilhões de dólares no "1011", com a retomada da guerra comercial devastando os mercados globais de capitais
Quem diria que o aparentemente comum dia 11 de outubro de 2025 se tornaria mais um dia para entrar para a história.
De acordo com os dados das 8h do dia 11, o setor de criptomoedas registrou liquidações superiores a 19,1 bilhões de dólares em 24 horas, com mais de 1,6 milhão de pessoas liquidadas — cada número estabelecendo um novo recorde em 10 anos de negociações de contratos de criptomoedas.
Revisando os candles, o bitcoin já havia iniciado uma tendência de queda às 22h do dia 10 de outubro, quando estava em 111.700 dólares, mas ninguém deu atenção, pois não havia nenhuma notícia negativa, apenas uma baleia sem nome no Hyperliquid, que abriu posições vendidas em bitcoin e ethereum com 1,1 bilhão de dólares.
Baleias alavancando centenas de milhões de dólares já se tornou algo comum neste ciclo; já vimos várias baleias irem a zero, então o que mais poderia acontecer com essa “1,1 bilhão”?
Algumas horas depois, por volta das 5h do dia 11, começou oficialmente o épico “1011” crash. Se você estivesse acordado naquele momento e abrisse o gráfico de 1 minuto do bitcoin, veria o bitcoin caindo sem resistência durante 30 minutos, com uma média de quase 1% de queda por minuto. O momento mais extremo ocorreu às 5h19, quando o bitcoin despencou mais de 4% em um minuto, caindo quase 5.000 dólares e atingindo o fundo em 102.000 dólares.
Bitcoin, uma commodity global com valor de mercado superior a 2 trilhões de dólares, despencou 12% em uma noite.
Finalmente, surgiu a notícia do verdadeiro culpado: a guerra comercial entre Trump e a China foi reiniciada. O presidente dos EUA anunciou que, a partir de 1º de novembro, os EUA imporão tarifas de 100% sobre a China.
Mesmo que a notícia tenha chegado tarde, já não fazia diferença — as altcoins já estavam em colapso. Exemplos de algumas altcoins de grande capitalização: SUI, que estava em 3,5 dólares nos últimos dias, caiu para 0,55 dólar em um único candle; WLD, líder em IA, caiu de 1,4 dólar para 0,26 dólar; até mesmo a dogecoin, uma das dez maiores em valor de mercado, caiu 50%.
Essas são as de grande capitalização; as de pequena capitalização praticamente foram a zero.
Talvez ninguém tenha conseguido terminar essa noite em paz, exceto aquela baleia dos 1,1 bilhão de dólares. Antes do crash, ela abriu uma posição vendida de 1,1 bilhão com 30 milhões de dólares, realizou o lucro no auge do desastre, dobrou o capital em menos de 20 horas em meio ao lamento do mercado, ganhou 30 milhões de dólares de lucro e saiu rapidamente com 60 milhões de dólares em poucos minutos. Uma operação tão precisa, e nem sabemos quem é.
Na verdade, não foram só as criptomoedas — comparando com os mercados globais, foi um dia de cisne negro para todos. O índice S&P 500 fechou em queda de 182,61 pontos em 10 de outubro, uma queda de 2,71%, a maior queda semanal desde maio. O índice Nasdaq caiu 3,5%, a maior queda diária desde 10 de abril. O contrato futuro do Hang Seng caiu 5% no pregão noturno. O FTSE A50 caiu 4,26% em sessões noturnas consecutivas — todas quedas abruptas.
Somente o ouro não caiu.
Olhando para trás, o recente boom dos metais preciosos já era um alerta para o mercado. O fato de o ouro, com valor de mercado de dezenas de trilhões de dólares, conseguir subir continuamente em pouco tempo já era um aviso de que os grandes capitais do planeta estavam buscando proteção — pena que não previmos isso.
Respeite o mercado. Após um desastre como esse, só podemos lembrar a todos de respeitar o mercado. Mesmo no maior bull market, nem todos sairão vencedores. Respeite o mercado e lembre-se sempre de controlar os riscos. O capital principal é o que garante a sobrevivência no mercado.
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