Se você achava que a OpenSea era apenas um ponto de encontro para NFTs, pense novamente. O gigante do marketplace está se preparando para um retorno em grande estilo, lançando seu próprio token SEA no início de 2026, e pessoal, eles não estão brincando.
Metade desses tokens vai direto para a comunidade, com os primeiros usuários e programas de recompensas recebendo uma bela fatia do bolo.
Valor do token no ecossistema da OpenSea
O CEO da OpenSea, Devin Finzer, revelou tudo no X, apresentando um plano de tokenomics totalmente focado em retribuir.
XMetade do fornecimento total de SEA será destinado à comunidade, e a empresa está colocando seu dinheiro onde fala, prometendo queimar 50% da receita da plataforma recomprando tokens SEA.
Além disso, os usuários poderão fazer staking de seus SEA em coleções ou projetos favoritos, misturando engajamento com utilidade real. Esta é uma mudança estratégica focada em integrar profundamente o valor do token no ecossistema da OpenSea.
Por que esse hype repentino em torno do token? Bem, a OpenSea está se reinventando para além de ser apenas um hotspot de NFTs.
Antes o rei das vendas de arte digital, agora atua em 22 blockchains, registrando um volume de negociação de US$ 2,6 bilhões apenas em outubro deste ano.
O detalhe é que mais de 90% desse volume veio de negociações de tokens, e não de NFTs, apontando claramente para uma mudança de mercado.
Aplicativo móvel da OpenSea
Especialistas do setor dizem que essa mudança era necessária após o boom dos NFTs esfriar. Os volumes de negociação caíram mais de 90% desde o auge em 2021, com o valor de mercado despencando de impressionantes US$ 20 bilhões para mais modestos US$ 4,87 bilhões.
A transformação da empresa não foi uma escolha, mas sim uma tática de sobrevivência, com Finzer dizendo famosamente: “Você não pode lutar contra a tendência macro. As pessoas querem negociar tudo, não apenas arte digital.”
As ações da OpenSea são para valer. Novas ferramentas, incluindo um aplicativo móvel recém-lançado e negociação de futuros perpétuos, estão tornando a plataforma um verdadeiro “playground para negociar qualquer cripto”.
Seu agregador multichain agora capta ordens de compra e venda de exchanges descentralizadas como a Uniswap, arrecadando cerca de US$ 16 milhões em receita este mês graças a uma taxa de 0,9%.
Concorrência
Lembra quando a OpenSea faturava US$ 125 milhões por mês no auge da febre dos NFTs?
Avançando para o final de 2023, esse valor caiu para US$ 3 milhões, forçando demissões e uma grande reestruturação na empresa.
A concorrência esquentou com plataformas como a Blur oferecendo taxas zero e criadores preocupados com cortes nas royalties. O próprio relaxamento da OpenSea em relação às royalties também não agradou.
Mas a mudança do HQ para Miami e o foco renovado estão dando resultado. Em outubro deste ano, foram US$ 1,6 bilhão em negociações de cripto e US$ 230 milhões em NFTs, um recorde de três anos que sinaliza que a OpenSea está ressurgindo das cinzas, com o token SEA a reboque.
Especialista em criptomoedas e Web3, fundador da Kriptoworld
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Com anos de experiência cobrindo o setor de blockchain, András oferece reportagens perspicazes sobre DeFi, tokenização, altcoins e regulamentações cripto que moldam a economia digital.
