CEO da BlackRock: Carteiras de cripto detêm mais de US$ 4 trilhões em ativos, 'tokenização de ativos' é a próxima revolução financeira
A BlackRock revelou que seu objetivo é trazer produtos de investimento tradicionais, como ações e títulos, para a carteira digital, que faz parte de um ecossistema de mais de 4 trilhões de dólares.
Título original: "O CEO do maior gestor de ativos do mundo: o tamanho das 'carteiras cripto' já ultrapassa US$ 4 trilhões, e a 'tokenização de ativos' é a próxima 'revolução financeira'"
Autor original: Long Yue, Wallstreetcn
O CEO da maior gestora de ativos do mundo, BlackRock, Larry Fink, já posicionou a "tokenização de ativos" como a próxima revolução dos mercados financeiros, com o objetivo de "colocar todos os ativos financeiros tradicionais em carteiras digitais".
No dia 14 de outubro, durante a teleconferência de resultados do terceiro trimestre de 2025, a BlackRock não apenas anunciou que seu volume de ativos sob gestão (AUM) atingiu o recorde de US$ 13,5 trilhões, como Fink também destacou claramente a direção-chave da empresa para o futuro. Segundo ele, o valor dos ativos mantidos em carteiras digitais globalmente já chega a cerca de US$ 4,1 trilhões, representando um enorme mercado potencial.
A visão de Fink é que, ao tokenizar instrumentos de investimento tradicionais como ETFs, pode-se construir uma ponte entre os mercados de capitais tradicionais e uma nova geração de investidores familiarizados com tecnologia cripto.
"Esta é a próxima onda de oportunidades para a BlackRock nas próximas décadas", disse Fink em entrevista à CNBC. Essa estratégia já foi preliminarmente validada pelo sucesso do seu iShares Bitcoin Trust (IBIT), que ultrapassou US$ 100 bilhões em ativos em menos de 450 dias, tornando-se o ETF de crescimento mais rápido da história.
Essa abordagem visionária rapidamente recebeu feedback positivo de Wall Street. O banco de investimentos Morgan Stanley reiterou sua classificação "overweight" para as ações da BlackRock em um relatório, apontando que a "tokenização de todos os ativos" é uma das principais narrativas que sustentam sua visão otimista sobre o futuro da BlackRock.
De olho no mercado de carteiras digitais de US$ 4 trilhões
O núcleo da estratégia da BlackRock é alcançar o vasto pool de capital atualmente fora do sistema financeiro tradicional. De acordo com Fink, o tamanho desse mercado de carteiras digitais é de cerca de US$ 4,1 trilhões.
Já o Morgan Stanley, em relatório publicado em 15 de outubro, estima que o valor total dos criptoativos, stablecoins e ativos já tokenizados ultrapassa US$ 4,5 trilhões, e que esses fundos "atualmente não têm acesso a produtos de investimento de longo prazo".
Segundo a análise do Morgan Stanley, o objetivo da BlackRock é "replicar tudo o que existe nas finanças tradicionais de hoje dentro das carteiras digitais".
Ao atingir esse objetivo, a BlackRock pode atrair jovens investidores acostumados a usar ativos tokenizados para classes de ativos mais tradicionais, como ações e títulos, além de oferecer oportunidades de poupança para aposentadoria de longo prazo.
Fink acredita que a tokenização também pode reduzir custos de transação e taxas de intermediação, por exemplo, no setor imobiliário.
Tokenização de ativos: a visão futura das finanças
Fink está convencido de que a próxima grande transformação das finanças globais virá da tokenização de ativos tradicionais, incluindo ações, títulos e imóveis. Em entrevista, ele afirmou que a empresa vê a tokenização como uma oportunidade de atrair novos investidores para produtos financeiros tradicionais por meios digitais.
Fink destaca que, apesar do enorme potencial, a tokenização ainda está em estágio inicial de desenvolvimento. Ele citou uma pesquisa da Mordor Intelligence que prevê que o mercado de ativos tokenizados já ultrapassou US$ 2 trilhões em 2025, podendo disparar para mais de US$ 13 trilhões até 2030.
A BlackRock já está lançando as bases para uma participação mais profunda nesse setor. Equipes internas da empresa estão explorando ativamente novas estratégias de tokenização para consolidar sua liderança na gestão de ativos digitais.
De cético do Bitcoin a defensor do blockchain
A mudança de postura de Fink em relação aos ativos digitais marca a evolução da visão das instituições financeiras tradicionais sobre o setor. Ele já chegou a chamar o Bitcoin de "índice de lavagem de dinheiro", mas sua posição agora é completamente diferente.
Em uma entrevista recente, Fink admitiu que mudou de opinião. Ele disse à CNBC: "Eu era um crítico, mas estou crescendo e aprendendo".
Agora, ele compara os criptoativos ao ouro, considerando-os um investimento alternativo para diversificação de portfólio.
Wall Street aposta no crescimento da "tokenização"
Analistas de Wall Street acreditam que a BlackRock, devido à sua posição e recursos no setor, tem plena capacidade de dominar o campo da tokenização.
O analista do Morgan Stanley, Michael J. Cyprys, elevou o preço-alvo das ações da BlackRock para US$ 1.486 em relatório, enfatizando que sua "grandiosa visão de tokenizar todos os ativos" é o principal motor de crescimento.
O relatório aponta que a BlackRock já está experimentando com seu fundo tokenizado de mercado monetário BUIDL, que desde seu lançamento em março de 2024 já cresceu para quase US$ 3 bilhões em ativos sob gestão.
O Morgan Stanley acredita que, com foco estratégico desde a alta administração, escala da empresa, ampla presença de negócios e relacionamento com clientes, a BlackRock tem capacidade para influenciar a estrutura futura do setor e colaborar com as principais exchanges e fornecedores para executar e oferecer produtos tokenizados da BlackRock.
A BlackRock busca tokenizar ativos tradicionais como uma ponte entre os mercados de capitais tradicionais e os ativos digitais. A tokenização tem potencial para trazer ativos tradicionais para o paradigma nativo das carteiras digitais — atualmente, mais de US$ 4,5 trilhões em criptoativos, stablecoins e ativos tokenizados não têm acesso a produtos de investimento de longo prazo.
O objetivo da BlackRock é replicar tudo o que existe nas finanças tradicionais de hoje dentro das carteiras digitais, para que os investidores nunca precisem sair de suas carteiras digitais para construir um portfólio de longo prazo e alta qualidade, incluindo ações, títulos, criptomoedas, commodities e mais.
Ao fazer isso, a BlackRock pode direcionar uma grande quantidade de jovens investidores que usam ativos tokenizados para ativos mais tradicionais e prepará-los para oportunidades de poupança de longo prazo para a aposentadoria no futuro.
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